sexta-feira, 30 de abril de 2010

Silogismo aliterante




Paul Cézanne - The Black Clock, 1870



No espaço discursivo de meu sistema, experimento
a substancialidade da desorganização de minha forma,
a matéria de minhas memórias desencontradas -
invenções de ser e tempo.

Entre o ser e o nada
pende a poética reconciliada pelo temor.
Silêncio!, pois ainda há tremor...

Sou humano, demasiado humano,
e saboreio o nada saber em meio a durée deste dubitar.
Insisto, logo, concluo: ainda sonho que existo!,
e não há relógio a alarmar o meu despertar.