sexta-feira, 30 de abril de 2010

Silogismo aliterante




Paul Cézanne - The Black Clock, 1870



No espaço discursivo de meu sistema, experimento
a substancialidade da desorganização de minha forma,
a matéria de minhas memórias desencontradas -
invenções de ser e tempo.

Entre o ser e o nada
pende a poética reconciliada pelo temor.
Silêncio!, pois ainda há tremor...

Sou humano, demasiado humano,
e saboreio o nada saber em meio a durée deste dubitar.
Insisto, logo, concluo: ainda sonho que existo!,
e não há relógio a alarmar o meu despertar.

sábado, 27 de março de 2010

quinta-feira, 4 de março de 2010

One year later ...

George Grosz - The Lovesick Man - 1916


Sim, aqui estou eu,
raízes fincadas
de onde fui arrancada.
Sim, agora não há happy end,
é só o tempo que se estende
trazendo a palavra ritmada
em coreografia marcada.
Sim, aqui estou eu,
no ponto zero de minha escala,
no zênite de meus planos,
com minha cara dada ao tapa
para mais alguns anos.


quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Disléxico ao natural




Estranhos sentidos
de palavras alteradas.
Possibilidades negadas
em um mundo anterior inventado.
Duvidar meu dizer
traz significados...