
sexta-feira, 17 de abril de 2009
Work in progress...
Esta noite o asfalto está mais negro,
mas meus passos parecem os mesmos
na corrida até o outro lado.
Work in progress...
O tempo passado em pé no meio de tantas falas,
penso que me divirto
e me divirto por quase não pensar.
Work in progress...
Teus olhos, objeto de minha ganância sensível,
incorporaram-se ao subjetivo de minha consciência.
Work in progress...
A vilania do querer a ti,
querendo esta tua figura que me represento.
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Metafísico cotidiano
Entenderias, um mundo sem fundo,
um mundo sem eu,
um que não é meu?
Um nada sem por quê,
um sem mais, para quê?
Esta música,
um lírico destempero?
Um partir-se, sem no entanto ir-se
a qualquer ponto, qualquer solução,
saída alguma?
Este travo de dor,
esta estupidez
de reles altivez?
O ridículo, o dito,
e o silêncio entre o mais aflito?
A rima boba,
as lágrimas?
E a ausência de rolas?,
por falta de coisa mais tola.
Entenderias?
Diga-me, responda com um grito
em minha cara pasmada,
em meu nada,
em minha tragédia burguesa, barata e anunciada!
Entenderias?,
serias capaz?,
serias tu o capataz de minha medíocre humanidade?
quarta-feira, 8 de abril de 2009
sexta-feira, 3 de abril de 2009
O peso de um não e
O vazio acrescentado à rotina
Transtornada em suas significações.
Buscar sentidos para o já visto
Em suas cores desacostumadas.
Olhar-se em um espelho
E não ter mais o próprio reflexo.
Caminhar até a beira da cama
Na procura do seu lugar.
Encontrar-se em meio ao alvoroço
de desconhecidos
E não se reconhecer.
Viver o peso em seus momentos,
Gradações, variações,
Tons, pausas e semi tons.
Reconstruir a harmonia de tua respiração.
Assumir de vez o não,
Simplesmente prosseguir
Por entre o estranhamento - estar.
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