
sexta-feira, 20 de julho de 2007
Life is but a dream *
Sons
Ana
o sol pela janela
a pintura expressionista
Um olhar
aquela música de começo tranqüilo
um ruído
Que pernas!
isso atrapalha minha atenção,
o ruído
O quadro ganhou um vermelho hoje!
o ângulo, isso me atrai nas pernas?
gosto de como vai acelerando
Deve ser a luz que causa intensidade
poderia permanecer parada aí
o final é inesperado
Se a luz bater toda manhã vai desbotar!
porque moveu-se?
esse ruído...
* primeiro verso da música Exquisite Corpse do grupo Bauhaus - álbum The sky's gone out
Ana
o sol pela janela
a pintura expressionista
Um olhar
aquela música de começo tranqüilo
um ruído
Que pernas!
isso atrapalha minha atenção,
o ruído
O quadro ganhou um vermelho hoje!
o ângulo, isso me atrai nas pernas?
gosto de como vai acelerando
Deve ser a luz que causa intensidade
poderia permanecer parada aí
o final é inesperado
Se a luz bater toda manhã vai desbotar!
porque moveu-se?
esse ruído...
* primeiro verso da música Exquisite Corpse do grupo Bauhaus - álbum The sky's gone out
Varro tua casa
para nossos lixos
não contaminarem o ideal.
Passo tua roupa
para seguires sendo o desejado -
príncipe encantado?
Faço tua comida
para não sucumbirmos
ao inevitável.
Lambo tuas feridas
pois entraste na batalha por tua dama -
sou eu quem te clama?
Sugo tua língua
pois a saliva misturou-se à minha.
Deito em tua cama
pois necessito aliviar-te da calmaria -
nossa história ainda inspiraria?
para nossos lixos
não contaminarem o ideal.
Passo tua roupa
para seguires sendo o desejado -
príncipe encantado?
Faço tua comida
para não sucumbirmos
ao inevitável.
Lambo tuas feridas
pois entraste na batalha por tua dama -
sou eu quem te clama?
Sugo tua língua
pois a saliva misturou-se à minha.
Deito em tua cama
pois necessito aliviar-te da calmaria -
nossa história ainda inspiraria?
quinta-feira, 19 de julho de 2007
terça-feira, 17 de julho de 2007
A common day in the life of Mr. and Ms.
A corrida até o topo de minha cadeia alimentar -
o nojo do pódio -
e o ódio despertado pela batalha insana.
Na manhã o café engolido a qualquer modo,
o almoço é inexistente,
adiante um jantar engasgado e o coito mal realizado.
Eu e tu - frustrados.
Segue o sono imbecil de zumbi pasmado.
Sonâmbulos - eu e tu -
estilhaços da teia rudimentar,
incógnita artimanha.
Armadilha posta,
isca saborosa,
caímos de boca em um delírio monumental.
o nojo do pódio -
e o ódio despertado pela batalha insana.
Na manhã o café engolido a qualquer modo,
o almoço é inexistente,
adiante um jantar engasgado e o coito mal realizado.
Eu e tu - frustrados.
Segue o sono imbecil de zumbi pasmado.
Sonâmbulos - eu e tu -
estilhaços da teia rudimentar,
incógnita artimanha.
Armadilha posta,
isca saborosa,
caímos de boca em um delírio monumental.
quarta-feira, 11 de julho de 2007
Queria a ausência e caminhou pelas incertezas para aonde levaram as estradas. A cada parada reconheceu rostos novos e antigas, rememoradas falas. Ainda carregava um mundo. Decidiu não parar mais a fim de desencontrar-se daquilo que trazia. Tombou. Em agonia sentiu nas costas seu mundo. Foi assolado pela compreensão de que caminhava não porque desejasse a ausência, mas sim, porque ela lhe movia. E a cada parada diante de antigas vozes novas era ela que estava presente. Não entendia como, lamentava os porquês, mas a ausência impregnava seu mundo. Ainda meio tonto, já quase sem ar, finalmente descobrui-se leve, mas por hora decidiu permanecer no canto onde jaz. Agora, diante das atuais certezas está imóvel...
*escrevi este texto hoje mas tinha resolvido não publicá-lo até ler o texto Slides do blog Algo se perdeu na tradução...
Hipostasiar o momento em que o topo desta montanha mostrou-me a imagem daquele mar. Impossibilidade. Impossibilidade de sentar-me neste solo e criar raízes, alimentar-me da chuva e de sol. Impossibilidade da fotossíntese, do florescer; das escamas e guelras; do vôo e das penas. Impossibilidade de fazer-te experimentar o cume desta montanha e a visão de todo este mar. Sinto-me tão pequena, minúscula, entre a paisagem e a impossibilidade.
domingo, 8 de julho de 2007
Poderosa ilusão de paz ronda o ambiente,
ao longe pequenos gritos
misturam-se aos gritos dos pequenos.
Suspenso no ar um nada,
uma friagem premonitória,
augúrios, um porvir de medos.
Arrastam-se pelos cantos
silhuetas de olhar trespassado.
os rostos sérios fazendo com que corras,
teu semelhante é a verdadeira imagem do demônio.
A paisagem é cataclísmica,
casas fantasmas sem cor
deixam passar pelos buracos das paredes
qualquer resto de sol,
qualquer resto de lua,
qualquer resto de vida que não desejasse ser visto.
Minha terra branca de crianças anjo
tens agora a cor das armas,
do sangue coagulado.
Avança estranha,
indiferente ao azul daquele céu,
a poeira que se levanta deste solo triste.
ao longe pequenos gritos
misturam-se aos gritos dos pequenos.
Suspenso no ar um nada,
uma friagem premonitória,
augúrios, um porvir de medos.
Arrastam-se pelos cantos
silhuetas de olhar trespassado.
os rostos sérios fazendo com que corras,
teu semelhante é a verdadeira imagem do demônio.
A paisagem é cataclísmica,
casas fantasmas sem cor
deixam passar pelos buracos das paredes
qualquer resto de sol,
qualquer resto de lua,
qualquer resto de vida que não desejasse ser visto.
Minha terra branca de crianças anjo
tens agora a cor das armas,
do sangue coagulado.
Avança estranha,
indiferente ao azul daquele céu,
a poeira que se levanta deste solo triste.
terça-feira, 3 de julho de 2007
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