domingo, 20 de maio de 2007

Ana foi-se triste caminhando pelas calçadas. Deixou-se fria. A roupa tornou-se pele. A boca trêmula não mais significava. Os olhos a embaçar o que há. As mãos pendiam sem razão. Os pés iam. Foi-se triste. Foi-se Ana. Uma cortina fina filtrando a paisagem. E Ana foi-se triste, caminhando sob gotículas de fino calibre. Foi-se meio morta, meio viva. Foi-se Ana. E o cão fitando toda a cena suspirou dolente: foi-se triste. Caminhando pelas calçadas deixou-se fria e algo dela aqui está.

Nenhum comentário: